data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu, nesta quarta-feira, que os caminhoneiros não façam adesão à greve marcada por alguns setores da categoria para a próxima segunda-feira. O movimento ganhou maior repercussão após o anúncio da Petrobras de aumentar o valor do óleo diesel nas refinarias em 4,4% desde a última terça-feira. A justificativa da estatal foi o "reajuste considerável" do preço do barril de petróleo no mercado internacional atrelado à desvalorização do real em relação ao dólar.
- Reconhecemos o valor dos caminhoneiros para a economia do Brasil. Apelamos para eles que não façam greve, que todos nós vamos perder. Todos, sem exceção. Agora, a solução não é fácil. Estamos buscando uma maneira de não ter mais este reajuste - relatou o presidente ao sair do Ministério da Economia, após encontro com o ministro Paulo Guedes.
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A manifestação é convocada pela Associação Nacional de Transportes no Brasil (ANTB) e pelo Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC). Em vídeo publicado nas redes sociais, o presidente da CNTRC e do Sindicato dos Caminhoneiros de São José dos Pinhais (PR), Plínio Dias, diz que acreditava que o governo federal iria dar melhores condições de trabalho à categoria, o que não teria ocorrido.
- Há dois anos, ajudamos um governo que a gente correu, sustentou, que fizemos de tudo, acreditando que a nossa categoria do transporte, principalmente dos autônomos, seria melhor. Mas, até o presente momento, não chegou nada - relatou Dias.
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No centro do Estado, a possibilidade de greve é rechaçada.
- Tivemos uma reunião na última segunda-feira com todos os sindicatos do Estado e a maioria optou por não aderir à greve. A pauta é justa? É, mas este não é o momento adequado - afirma o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Santa Maria (Sindicam), Mariano Costa.
Em nota divulgada nesta quarta-feira, a Confederação Nacional dos Caminhoneiros e Transportadores Autônomos do Brasil afirma que não reconhece a CNTRC como representante dos caminhoneiros autônomos. "Apesar de todo o respeito que dedicamos àqueles cujo pensamento difere deste, acreditamos que este não é o momento apropriado para um movimento de paralisação, em respeito a uma sociedade que não pode, neste momento, arcar com o desabastecimento e outras consequências", diz a nota.